A endometriose pode ser desenvolvida a partir da primeira menstruação, por isso, meninas com idades entre 15 e 16 anos que sentem muita cólica, como um dos sintomas, podem apresentar a doença mesmo jovem. De acordo com a Dra. Luciana Chamié, especialista em diagnóstico por imagem, com exames adequados, há condições de tratamento logo no início, evitando assim, que seja prejudicada sua fertilidade anos mais tarde.
“Um dos exames mais indicados para o diagnóstico da endometriose é a ultrassom transvaginal com preparo intestinal, no caso da adolescente, cuja fase não pode realizar esse tipo de exame, o recomendado é a ressonância magnética da pelve, através dela é possível investigar o problema ainda no início”, relata Chamié.
Em mulheres adultas a ultrassom transvaginal com preparo intestinal é o exame de primeira linha recomendado para investigar a doença. Com este exame, é possível identificar as lesões ocasionadas pela endometriose nos diversos sítios comprometidos. O preparo intestinal contribui para aumentar a acurácia do método. De forma que é de extrema importância determinar as estruturas comprometidas, além do grau de infiltração.
O exame permite a identificação precisa dos focos de endometriose em regiões como ovários, bexiga, no espaço entre o útero e a bexiga, na região atrás do colo uterino (local mais frequente da doença), no intestino grosso (retossigmóide), na vagina, e em outros segmentos intestinais presentes na pelve tais como ceco, alças de intestino delgado e apêndice.
Dra. Luciana Pardini Chamié
Doutora em Radiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), conta com mais de 15 anos de experiência acadêmica e profissional em diagnóstico por imagem. É referência mundial em diagnóstico por imagem da endometriose. A médica conta com especialização em Tomografia Computadorizada do Abdome e Ressonância Magnética do Abdome pelo Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela Associação Médica Brasileira (AMB); sócia titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR); sócia titular da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR); membro da Radiological Society of North America (RSNA), da Radiological Society for Reproductive Medicine (ASRM); e revisora de artigos e periódicos do Internacional Journal of Gynecology and Obstetrics.
Fonte: Comunicação & Marketing